sábado, 21 de novembro de 2009

IV Semana da Consciência Negra discute democracia racial no Brasil

Por Lúcia Pacheco

“Enquanto esse país não tiver uma democracia racial de fato, nós não teremos uma democracia”. Essa foi a fala de abertura do palestrante Magno Cruz, Membro do Conselho Estadual da Igualdade Racial no Maranhão e do Centro de Cultura Negra (CCN) do Maranhão. Ele participou dia 18, da IV Semana da Consciência Negra em Imperatriz ao lado da Professora Msc. Isaura Silva, Presidente do Centro de Cultura Negra Negro Cosme e da Vice-Presidente, Doralice de Assunção Mota.

A discussão da mesa redonda girou em torno das “Ações e Movimentos do Centro de Cultura Negra no Maranhão”. Durante o debate Magno Cruz destacou os 30 anos do CCN, resgatando o início, as barreiras, dificuldades e os preconceitos enfrentados pelo movimento negro no Brasil. “No início houve a tentativa de esvaziar o movimento no Brasil com o argumento estávamos incorporando uma ideologia dos EUA, uma vez que tentavam incorporar aqui o mito da democracia racial, que no Brasil não tinha preconceito, no Maranhão ninguém era negro. Eu não sou negro, negro é o passado dos outros, diziam alguns negros da época”, declarou o palestrante.

O evento começou dia 17 e encerrou hoje dia 21 de novembro com o Ato público em vários pontos de apoio nas cidades de Imperatriz e Açailândia. Em Imperatriz os pontos foram localizados nos bairros, Bacuri, Mercadinho, Quatro Bocas e Praça de Fátima. Durante o ato os participantes do evento distribuiram panfletos com orientações sobre os direitos do negro no Brasil.

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